quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Metade dos pacientes desconhecem ter a doença e SES lança campanha


Dia D contra a tuberculose no metrô
 
pernambuco.com
 
Cerca de 1/3 da população pernambucana está infectada com o Bacilo de Koch, responsável pela tuberculose, e mais da metade dos que desenvolvem a doença não tomam conhecimento do diagnóstico. Estas foram as constatações que motivaram a Semana Estadual de Combate à Turberculose, que segue, até o próximo dia 21, com uma série de mobilizações na Estação Central do Metrô do Recife.

Para contornar os mitos e ampliar os efeitos da prevenção bem feita, foi montado um stand com paineis, jogos educativos e personagens caricatos, que instruem, por meio de pequenas peças, as formas de contágio e a conduta ideal necessária para evitar a doença. “É importante porque a gente percebe que pode se proteger melhor. Tinha um colega que morreu com tuberculose, então é bom ouvir essas dicas”, afirma o técnico em eletrotécnica José Robenilton, que parou no local a caminho do trabalho.

De acordo com a coordenadora do programa estadual de controle da doença, Laíse Brilhante, o estado hoje se encontra no 2º lugar do país em número de mortes pela tuberculose, enquanto o Recife lidera o ranking entre as capitais. “São 4.200 novos casos por ano e 370 mortes. Isso se deve, principalmente, pelo fato de que 1% de toda a população desenvolve tosse por mais de três semanas e não procura um médico, sem o conhecimento de que 10% desse grupo tem a doença”, explica.

A falta de informação é ainda mais alarmante pelo fato de que cerca de 15% dos pacientes não terminam o tratamento completo, continuando doentes e tornando o bacilo resistente a certos remédios. Na Região Metropolitana do Recife, além da capital, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo, Paulista e Camaragibe compõem o cinturão de risco da doença. Unidas a Caruaru, Garanhuns e Vitória de Santo Antão, as cidades correspondem por 85,5% de todos os casos registrados no Estado.

Apesar de ser uma doença milenar e curável, a tuberculose ainda atinge mais de 70 mil brasileiros todos os anos. Desse total, 5 mil pessoas morrem todos os anos, fazendo com que a enfermidade seja a 4ª causa de óbitos por doenças infecciosas e a 1ª entre pacientes HIV-positivos. 

Para evitar que um quadro crônico, é preciso rapidez e responsabilidade. Tosse há três semanas, emagrecimento, sudorese noturna e febre baixa podem ser sinais de tuberculose e, por isso, deve-se procurar o posto de saúde mais próximo para realizar o exame do escarro. Tanto o tratamento quanto o diagnóstico são gratuitos e devem ser feito, sem interrupções, por um período de seis meses. 

Por Ed Wanderley

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